quarta-feira, 12 de junho de 2013

Te amo é pouco, sempre foi!


Hoje, em razão da data obviamente, eu li uma centena de textos apaixonados. Conteúdos simples, sinceros, outros rebuscados, copiados. Eu até li Arnaldo Jabor e seus delírios sobre casamento. Daí, eu pensei em quanto a gente gosta de falar dos sentimentos e no quanto nos apoiamos nas datas marcadas para fazer isso.
Longe mim falar mal do Dia dos Namorados, pelo contrário, se existe uma data comemorativa capitalista que eu gosto, é essa. Adoro escrever cartinhas, preparar comidinhas, comprar presentes, tirar fotos. Acho que na verdade eu amo amar. Adoro falar sobre o amor que sinto. A minha história de sapa (e não de princesa) me envaidece.
Eu queria algo original, um poeminha de rima pobre, um trocadilho interessante, mas acabei optando por, mais uma vez, narrar o meu sentir. Então aí vai:
Há algumas semanas tenho pensado no propósito de estar com alguém. Que contrato de afeto é esse que une duas pessoas para juntos planejarem projetos materiais, espirituais e filosóficos? Que energia é essa que se forma quando duas pessoas reconhecem-se com sinergia o suficiente para compartilhar intimidades.?
Recentemente ouvi dizer, e fez muito sentido, que esta força chama-se busca por evolução. Somar visões, manias, esforços, crenças, para evoluir. E não é que é verdade? Porque mesmo que aparentemente outros valores se sobressaiam na relação, em verdade, a gente busca crescer, experimentar, ter acesso a novas experiências e escolhemos alguém para compartilhar isso e mais um pouco. Tenho trabalhado esta ideia e até as coisas mais chatas de uma relação (crises de carência, ciúmes, rotina, desgastes) passaram a ter outro sabor. Louco isso, né?
Então, posso dizer com muita segurança que o meu amor me faz crescer, progredir em todos os aspectos. Ele me cobra muito, é extremamente exigente com tudo e isso me trouxe maturidade, paciência e a vontade de buscar aprimoramento em tudo o que eu faço. O reflexo disso? Tornei-me uma boa mãe, uma profissional mais dedicada e exigente. Isso é só um exemplo de como o amor pode contribuir para nosso amadurecimento em todos os setores (e o inverso também é verdade).
São 8 anos de uma construção amorosa, tijolo por tijolo. Ajustes, desajustes, acordos, concessões, cessões generosas, negociações ... Paixão, química (muita química), carinho, respeito, admiração, bondade. Sim eu recebi tudo isso, eu dei tudo isso e nós juntos ganhamos com esta troca. Uma história de parceria e cumplicidade. Quando nos olhamos, no encontro de olhos sabemos o que esperar do outro. Sanamos nossas expectativas com um toque uma palavra, numa eterna dança compassada.
Amor eu o agradeço por tudo que vivemos juntos. Cada coisa bonita, cada sensação única descoberta, cada briga, cada divergência. O meu mundo ficou melhor, eu sou melhor porque você me ama e está nesta jornada comigo. Te amo é pouco, sempre foi... vc sabe!

terça-feira, 11 de junho de 2013

A Dança Perfeita


“A primeira qualidade, a mais simples e ingênua é a boa adaptação corporal. Quando você está se dando bem com uma pessoa, seja em pé, seja deitado, seja sentado, seja andando, de qualquer jeito que você se aproxime , ou se envolva, vocês se encaixam e tudo fica bom. Quando você não está se dando bem com alguém, tudo atrapalha, joelho, cotovelo, nariz, o olhar e a gente não encontra jeito de ficar perto.

Essas coisas são muito sutis. O primeiro passo da relação, surge durante a marcha, ou a dança. Você caminha com a pessoa querida de mãos dadas, mão na cintura, mãos nos ombros e tudo se encaixa, dançam juntos. Quando não há encaixe começamos a errar o passo, a empurrar, a puxar. Os gestos estão dizendo separa, separa, separa"

Gaiarsa, J.A

Depois disso eu te disse: Nós nos encaixamos, e da mesma forma que você, não sei dizer se isso é bom ou ruim e o tempo não vai parar para decidirmos...

sábado, 24 de março de 2012

Ensaio sobre a maternidade. A arte de ser mãe


Tentando, mas não conseguindo sair do clichê. Sim, eu desejo muito, dizer  o quanto a presença dos meus filhos, na minha vida, me faz feliz.
A maternidade abriu a porta do meu coração para que a minha criança interior pudesse ocupar a maior parte do meu mundo. Assim, quando estou com a Manu e o Théo eu me dou o direito de ser criança novamente. Sendo sincera, realmente curto todas as escolhas que fazemos para eles. Eu adoro dançar, cantar, pular enlouquecidamente ao som de músicas infantis. Banhos divertidos e demorados, cantando no chuveiro, brincando de bolhas de sabão.
Uma das minhas melhores realizações foi poder fazer uma brinquedoteca. Eles curtem para caramba, mas tenham a certeza de que eu gosto do espaço tanto quanto, ou mais. Eu brinco com as Barbies, decoro a loja da Moranguinho, construo e destruo castelos de blocos, carrinhos enfileirados para abastecer no postinho. Eu tenho prazer em ir a lojas de brinquedos, isso me faz feliz.
Filmes infantis, adoro! Sei de cor e salteado a história das princesas Aurora, Cinderala, Branca de Neve, Bela, Ariel. Conheço todos os personagens do Toy Story. Divirto-me com as cantigas do Cocoricó e dou muita risada com o Sherek. Realizei uma verdadeira `missão impossível` para conseguir a boneca de pelúcia da Galinha Pintadinha, quem liga para ela? Na verdade acho que só eu.
Fantasias, de smurf, de borboleta, de coelho, de bruxa, de princesa, de cachorrinho, de gatinho. Sempre uma bela desculpa para criar personagens no nosso mundo de faz de contas. Eles se fantasiam e eu crio, dou asas a imaginação. Fico pensando o que fazer e como fazer, e isso me traz uma satisfação muito grande.
Livrinhos de ler e principalmente caderninhos de colorir. Eu me pego pintando, mesmo quando as crianças estão dormindo. Eu adoro modelar macinhas, pintar gravuras, recortar revistas. Quem além da minha criança interior poderia se satisfazer tanto com uma bobeira dessas.
Ir ao clube, descer no tobogã com a desculpa de fazer companhia para o Théo e a Manu. Correr ao ar livre, aproveitar o parquinho. Aproveitar a vida, as coisas simples que ela nos oferece.
Esconde, esconde. Cavalinho de madeira, bola e o jump, que para eles não é acessório de ginástica, na ideia deles é o seu pula- pula. A gente brinca de maquiar, de pentear, de costurar, de decorar o corpo com colares e pulseiras. A gente brinca de beijar sem parar, de fazer montinho um no outro. A gente pensa que o apartamento é uma pista de corrida, corremos em círculos, corremos uns atrás dos outros.
Fazemos compras e comida, sim ao menos de brincadeirinha eu cozinho. A gente faz cabaninha de lençol e temos até uma musiquinha que cantamos embaixo dela. Alias, inventamos musiquinhas para tudo, para comer, para tomar banho, para usar o pinico, para limpar o bumbum, para nos elogiarmos e para dormir. Cantamos sem rima, sem compromisso, apenas pelo prazer de musicalizar o cotidiano. Ahhh, a gente dança sem música também, só pela alegria de sacudir o esqueleto.
Comemos coisas saudáveis, mas nos permitimos doces, daqueles que só crianças comem sem culpa, do tipo algodão doce.
Eu adoro poder aproveitar a oportunidade para ser criança, adoro perceber que sendo assim faço bem a eles e a mim também. Sei lá, são tantos prazeres pequeninos que juntos constroem uma felicidade sem tamanho.
E eu que não planejei a maternidade, e eu que achei que não seria boa mãe me pego fazendo análises pouco modestas do meu desempenho como mãe. Acho de verdade que sou boa nisso.
Essa alegria toda me dá força para enfrentar o lado B da história. Sinto-me preparada para dar broncas, enfrentar todas as dificuldades que envolvem educar um ser. Um não, dois. Duas pessoas completamente diferentes na maneira de perceber o mundo, as coisas e a mãe. Eu sinto tanto medo as vezes, mas daí eu lembro que ainda não assisti um desenho animado novo e o medo passa. Eu canto, eu danço e o medo passa. Nunca mais me senti sozinha, isso é fato. Nunca mais faltou afeto, diversão e alegria. As vezes falta energia, mas daí a gente toma um banho bem quentinho e vai para o sofá com o lençol de cetim a tira colo. Logo a gente dorme.
Deus abençoe a minha nova infância e permita que eu não me torne adolescente junto com o Théo e a Manu, porque senão o Daniel não vai dar contar de três rebeldes em casa.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O verbo

Escrever é dar ação ao pensamento através da fala. E há tanto a ser dito. Meu sentir inunda-se de vontades, sonhos e perspectivas. Hoje experimentei novamente a sede de conhecer. Quis coisas, quis mais e além. Eu criei.

Agora, flutuante na noite, sei que o fim se aproxima, Morfeu me aguarda, mas não sem antes comunicar meu contentamento, enfim dois projetos concluídos. Agora posso Samanticar, sem censuras, sem medo, tão sincero e tão eu, que palavras não cabem dentro de mim.

Eu sei: tudo é uma questão de querer.